Acordou com a ideia na cabeça de resolver sua vida de uma vez por todas. Iria busca-lo, aonde estivesse.
Levantou da cama, tomou um banho demorado, escovou os dentes. Escolheu dentre suas roupas a mais bonita e apropriada para a ocasião.
Arrumou os cabelos e olhou fixo no espelho, falando consigo mesma.
Decidiu que aquele seria o último dia do resto de sua vida.
Pegou um ônibus e foi até lá.
Apertou em todos os apartamentos até que encontrasse algum nome familiar.
E encontrou.
Perguntou se tal pessoa ainda estava lá e que só sairia de lá com uma resposta, um novo endereço.
Foi ignorada.
Passou o resto do dia em frente aquele prédio.
No fim da tarde, já cansada e sem coragem para tentar novamente, voltou para sua casa.
Lá, tomou um banho longo e pensou muito naquele destino tão incerto.
Colocou uma roupa simples, como se tivesse passado o dia todo em casa. E praticou tarefas corriqueiras a espera de seu companheiro.
Ele chegou, jantaram e foram dormir.
Aquele foi mais um dia, que começou com coragem, saudade e esperança e terminou como todos os outros que haviam começado da mesma forma.
Nenhum deles deu em nada.
(Inspirado em Paralelos no infinito
de Bárbara Fernandez Langsch
http://www.porquequis.blogspot.com/)
Nossa, que lindo!
ResponderExcluirNum dia cotidiano uma idéia louca, a fuga da consciência, ato, fato. Desato?
Inocência, esperança e no fim, mais reticências deste amor ingrato.
______________
Amei a dedicatória.
Ainda bem que meus textos servem ao menos para inspirar gente tão talentosa como tu.
Cada dia melhor, minha preta.
Beijos aos montes.
Te amo.