terça-feira, 31 de agosto de 2010

Cotidiano

Margarida
Perdida
Bandida

Beleza
Tristeza
Natureza

Amante
Calmante
Irrelevante

Saudade
Invade
Castidade

Linhaça
Cachaça
Devassa

Insano
Mundano
Caetano

Chuva
Trufa
Curva

Rosa
Dengosa
Escabrosa

Cheiro
Roupeiro
Ligeiro

Sem razão

Um dia pedi
A uma estrela pra te trazer
De volta a minha vida

Momentos de loucura
Sempre me fizeram te procurar
Mas nunca tive a real coragem
De tentar te encontrar

Como se gostasse da sensação
Que essa busca sempre me trouxe
A emoção de querer
E nunca mais poder ter

Sinto teu cheiro nas ruas,
Busco em cada novidade
Uma semelhança tua

Sempre te buscando em outros rostos
Como se tivesse que transformar
Outras pessoas em ti,
Para assim,
Reaprender a viver

É como se eu vivesse
No passado que nunca passou
Busco teus olhos por onde passo,
Sempre onde for

Talvez não queria realmente te encontrar,
Basta para mim,
A sensação deliciosa de angústia,
Que a tua busca eterna
Sempre me trará

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Começo, meio e fim.

Me toca,
Como se o mundo parasse
Me abraça,
Como como se tudo fosse terminar agora
Me beija,
Como se eu fosse a musa das tuas canções
Me deseja,
Como se nesse momento só os deuses parassem para nos apreciar,
Nesse amor imensurável

Me afasta,
Como se nada do que vivemos tivesse sido bom
Me desgraça,
Como se os carinhos nunca tivessem sido de quem ama
Me ignora,
Como se eu não passasse de uma noite

Me liberta,
Como se fosse capaz de fazer por mim,
Tudo que fiz por ti
Me solta,
Como se tu me visse como um pássaro,
Com a necessidade de voar para lugares mais calmos
Me distancia,
Como se eu não conseguisse me afastar de ti,
Somente por querer

Nunca me esqueça,
pois eu nunca serei capaz de esquecer você.

***
A liberdade que desejo
É a liberdade de ti
Nunca me senti presa,
Nem mesmo dentro de grades
Foi o teu amor que me aprisionou
E hoje, ainda não sei dizer se estou livre
Mas você não é mais o meu pensamento em cada manhã.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dia de te ver chegar

Com a roupa meio amassada,
num dia claro de outono
As folhas caem das árvores,
e dentre elas, aquela doce imagem
Você?
Distorcido,
dentre os raios de luz
O vento me confirma,
traz teu cheiro

Extasiada,
não sei o que fazer
A sensação da tua presença é tão boa
Ficamos próximos,
com um sorriso me recebe
Estende-me a mão
E nelas não consigo tocar
E como num piscar,
desaparece

Acordei.
Sinto que nunca mais vai existir,
um novo dia de te ver chegar

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Minha paixões

Já tive tantas paixões que mal consigo me lembrar de todas elas
Eles me fizeram o que eu sou hoje
Um mix de sentimentos
Elas (as paixões), me fizeram de gato e sapato
Me fizeram suar, tremer, chorar, gritar, amar...
Eles me deixaram transtornada
Cada um que me lembro me traz uma boa lembrança
Alguns mais...
Outros nem tanto
E como sempre, a mais dolorida, a cicatriz mais profunda é sempre a que tem a história mais emocionante
Minhas paixões são tudo de mais feliz que eu tenho dentro de mim
Elas me fazem sorrir anos depois de terem acontecido
E também me fazem quase chorar
A lágrima não cai, mas brota
Elas, as paixões, eles, os amados...
É demais ter vivido todas elas...
As mais divertidas, e dramáticas
O sorriso, o desespero que uma grande paixão nos traz é imensurável
Horas no telefone
Horas pensando nele
Olhando pro absolutamente nada e sorrindo com cara de retardada
A paixão é facilmente descoberta
Ficamos retardados e pronto, diagnóstico feito: Paixão pura!
Suspiros então... nem se fala, cada pensamento um suspiro
O "Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii" é tão clássico
Para todos eles, ou todas as paixões
Uma por dia
Mensagens
Telefonemas
Flores
Cartas
Bilhetes
Beijos
Carinhos
Desejos
Tudo se encaixa tão bem
Amor é confiança, segurança
Paixão é insegurança e total desconfiança
Minhas paixões foram as melhores
Guardo cada uma delas dentro de mim, umas escondidas, menos importantes, outras com lembranças fortes e riqueza de detalhes, até cheiros...
Os perfumes, cada corpo, cada mania, cada história...
Podem me chamar de tudo, mas eu vivi intensamente, muito intensamente, e as vezes até demais... todos os meus amores, as minhas paixões
Minhas dores e alegrias estão aqui
E eu choro quando tenho vontade
Gargalho quando tenho motivo
Sorrio quando lembro
E suspiro quando sinto saudade
Sintomas da paixão
Eu sou a própria paixão, em pessoa
Eu vivo cada um desses sintmas como se fosse a última vez
Curto uma fossa como ninguém
E quando estou feliz, o mundo para
Eu vivi
Eu amei
Eu me apaixonei
E nenhum dos meus dias até hoje teve nada de comum, sou intensa em tudo
Minhas paixões me fizeram esta
Quem sou!
E que as passadas continuem aqui dentro
E que venham as novas
As platônicas, as recíprocas...
E que algumas delas possam se tornar grandes amores
Por que eu nasci pra amar

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(Post antiiiigo, como exclui o fotolog, li agora e trouxe para cá.. ta bem bonitinho)

sábado, 21 de agosto de 2010

Brindemos!

Brindemos os nossos defeitos
Nossa personalidade forte
Nossas manias estranhas
Nossos porres homéricos
Brindemos
Pois temos o mundo aos nossos pés
A vida em frente
As melhores e piores coisas do mundo
Brindemos
Pois somos quase sempre quem queremos ser
Somos inconsequentes
E atrevidos
Somos mocinhos e bandidos ( e até rimou!)
Somos cada vez mais amigos
Brindememos
Nosso jeito estabanado
Nossos dedos amarelos
Nossos dias de salgados
Brindemos sempre
Nossas atitudes
Nossa grande vontade de viver
Nossa mente fértil
Nossas conversas quentes
Brindemos tudo!
Tudo de melhor que a vida ainda irá nos proporcionar
Pois se ainda não chegamos lá
Ainda vamos ser os melhores que podemos ser
Brindemos aos nossos bons, velhos, e sempre amigos!

***
Que o tempo possa passar
E que se nos perdermos
Sempre haja um espaço
Em nossas memórias
Paras estes dias maravilhosos
Dias de glórias!
E quem sabe, de tempos em tempos
Possamos encher a cara juntos, novamente!



***
Amo vocês, amo nós!
Sinto muita saudade.




quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Só há saudade.

A saudade vem
Vem quando sinto aquele cheiro
Aquele nosso cheiro
A saudade vem
Sempre vem quando escuto as nossas músicas
Tento esconder
Mas meus olhos não mentem
De mim só há verdade
A saudade vem
Quando passo em frente
Em frente aquele bar
Quantas noites passamos
Quantas passamos lá
A saudade vem
Fecho os olhos e o teu sorriso me inunda
Sorrio junto
A saudade vem
Quando menos espero
Espero sempre te ver
Mas encontro somente a saudade
Nossos dias divertidos
Noites deliciosas
A saudade vem
Vem quando o teu perfume
Está em outro corpo
A saudade sempre vem
Quando eu acho que esqueci
Mas tudo em mim
Me faz te lembrar
A saudade vem...
Quando me sinto bonita
Gostaria que tu visse
Quando faço algo novo
Que nos nossos tempos não fazia
Queria poder te mostrar
E me vejo longe de ti,
A saudade vem
E sempre, todos os dias depois
Depois que acabou
A saudade vem
E meu coração não cansa de te esperar


***
Poderia ler todos os poemas de amor do mundo
Nenhum deles é tão lindo
Quanto e esperança do momento
De te ver chegar;
Dentro de mim só há amor
Só há saudade.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quando penso...

Quando penso, penso na magia da inconstância
Na beleza da instabilidade
Sinto meus pés no chão
Coração longe
Quando penso em ti, te vejo em mim
Quando penso nela, vejo a sabedoria do nada
Quando penso em nós, vejo a delícia
A delícia do não saber
Apenas ser
Quem pode nos parar?
Niguém
Nem nós mesmos
Nos vejo além,
Muito mais do que o sonho dos normais
Nós somos mais
Somos o que queremos ser
O que nos agrada
Não o padrão
Quando penso em mim,
Vejo a verdadeira
E a maldade de quem não sabe me ser
Quando vejo, penso
E não chego lugar algum
Não há o que pensar,
Sou apenas o existir.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

É ele.

Ele é o cheiro que amo.
O olhar que me arrepia.
Ele é o calor nos dias frios.
E mais calor nos quentes.
Ele me acompanha.
Tenho nele, a segurança.
Ele tem a boca mais macia de todas.
E um gosto maravilhoso.
Me embebeda num toque.
Ele é sutil.
E maravilhosamente estúpido.
Ele é a minha vida.
É meu bem estar.
Nele tenho futuro.
Ele é a minha saudade no fim do dia.
É o meu amor.
Minha paixão.
Desejo de aventura.
Sem sair do lugar.
Ele é minha visão de coisas boas.
É um abraço forte.
É minha segurança.
Penso e sorrio sozinha.
É meu chão.
É minha diversão.
É lindo. É carinho.
É um puxão de cabelo e um tapa.
É tudo que eu sempre quis e nunca procurei.
Ele tem, o que ninguém tem.
É ele.
Meu almoço pronto nos dias de ressaca.
É minha metade.
Meu complemento.
É amor.
É confiança.
É um desejo louco.
É gana.
É você, Amor.
Tu é o melhor de mim.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ao inverso.

Só quem chora, é o fraco.
Quem tem medo, é covarde.
Os que amam, são tolos.
Queria eu ser forte e chorar, ser bravo porém sentir medo, ou ser esperto e amar.
Sou fraco, pois choro ao perder um amor, um amigo, um ente querido, ao bater o dedinho do pé no sofá, ao ouvir uma boa música, ao ver um cachorrinho de rua...
Sou covarde, pois tenho medo. Medo de perder quem amo, medo de arriscar demais, medo de andar nas ruas à noite. Tenho medo de morrer, ou não, tenho medo é de quem impeçam de viver.
Sou tolo, pois amo. Amo deveras. Amo como nunca amei, a cada dia, amo a vida, o sol, o céu, amo meu viver. Amo a noite. Amo a luz, amo o vento. Amo os sentimentos, amo as emoções. E sim, eu amo muito um amor.
Queria eu ser forte , ser bravo e esperto?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Minha poesia de flores.

Tendemos a esquecer o que passou e o motivo pelo qual terminou.
Sempre maquiamos as coisas ruins depois de um certo tempo.
E depois de dias, meses, anos... já não sabemos o porque daquela relação linda ter terminado.
E que aquela coisa 'linda' acabou a nossa autoestima em algum momento.
Mas quando? Não me lembro disso.
Lembro apenas das maravilhosas noites de amor.
Carinhos, sussurros ao pé do ouvido.
Beijos quentes e beijos meigos.
A voz, o cheiro, o encanto, tudo vai ficando mais marcante.
E onde foi que acabou?
Foi quando nos amamos demais?
Não. Não foi.
Foi quando ficou tão terrível que não podiamos mais nem nos olhar.
Meu Deus. Mas quando foi isso? Cadê?
Minha memória busca as coisas horríveis que vivemos e eu só vejo amor.
Impossível eu não lembrar. Você foi a melhor coisa da minha vida e ponto.
Não? Porque acabou então? Como eu pude te perder?
Mas não fui eu quem te perdeu, foi você que me deixou escapar.
O meu amor que era imensurável, virou um gostar.
Porque com o tempo tu foi me abandonando, e eu já não era mais a tua inspiração.
Eu, que fui por muitas manhãs o teu sol, virei tua nuvem cinza.
E olhar para mim, já não era mais a razão do teu viver.
Foi aí que nos perdemos.
Porque pra mim, o meu bem estar era te ver estar bem ao meu lado.
Mas quem vive para sempre como se estivesse numa canção de amor?
Ou em uma comédia romântica? Num lindo poema que fala de flores...?
A vida não é isso. A vida é o aqui e agora, não é o que foi. É o que vai ser.
Foi ai que nos perdemos. Achamos que amor e uma cabana nos serviria.
E serviu, por algum tempo era tudo o que precisavamos.
Mas acabou.
E a tua música, teu sabor, tua poesia já não me serviam mais.
Eu sei que tiveram horas ruins. Mas depois que passa tendemos a ver as coisas boas.
Quando nos perdemos doeu.
Mas aprendemos a esquecer.
E novas poesias de flores virão.
E tu está lá dentro de mim, numa caixinha de porcelana.
E hoje, na minha lembrança, tu é uma linda manhã de natal.